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Traicoeiros


Está a torna-se uma constante, a procura de livros de auto ajuda nos dias actuais. Aos poucos, as pessoas entregam os seus problemas a outras, na expectativa de que estas as aconselhem ou que lhes dêem soluções para os problemas.

 Sou abordado por amigos, que sabem que possuo uma certa inclinação por livros, amigos estes, que se pĂ´de dizer com lisura, relacionarem-se menos com os livros, se estes nĂŁo forem do tipo: " 10 lei para ser feliz; 10 lei para ser rico, bĂ­blia do dinheiro ou 10 semanas para ser feliz"…

Os livros de auto ajuda, são tão bons como são traiçoeiros, equipam o leitor de expectativas estrondosas e dissimulam a realidade, fazendo com que o leitor negue a realidade das coisas e sua imutabilidade. Transformam, o leitor num visionário sensível e pouco racional, por concentrar o chacra numa ferramenta emotivo (a fé). A fé bloqueia o leitor a ouvir e ver a verdade, quando esta não está do seu lado; Quando esta não lhe favorece; Quando não esteja de acordo aos seus intentos.

As pessoas temem a realidade nua e crua, o medo de experimentar, de cair e descobrir por si só, admitir a impotência de realizar alguns dos objectivo almejados. Por isso, reviram em livros aulas de como viver, quando na verdade a única forma de aprender a viver é vivendo entre fracassos e conquistas. As pessoas conhecem e exploram tanto suas qualidades que se esquecem de suas fraquezas, fazendo com que se conheçam apenas em parte.

Não importa quantos livros de auto ajuda lemos nos nossos dias, enquanto não sairmos fora da caixa e lutarmos para conquistar. Admitir que nem tudo o que desejamos teremos, que fracassaremos várias vezes. Não importa o quanto acreditemos, se não aprendermos a conviver com o facto de não podermos controlar tudo. Enquanto não reconhecermos nossas fraquezas tal como nossas qualidades, enquanto não ganharmos consciência que a verdadeira experiência só e adquirida no campo de batalha; estaremos a viver uma ilusão criada por alguém, que se calhar, nem faz a mínima ideia de como é a vida aqui fora. Estaríamos a viver o ying sem o yang e isto é viver pela metade.


Viver pela metade Ă© fertilizar o terreno para o crescimento da depressĂŁo e patologias emocionais, geradas pela frustração por nĂŁo conquistar. É preciso buscar a paz em nosso interior, mas sĂł se alcança a paz interior depois de se vencer a guerra interna. Respeitar o silĂŞncio mais nunca desprezar a confusĂŁo, pĂłs Ă© ela que nos faz reflectir e descobrir quem somos realmente “desafios obrigam a crescer”. Portanto, saia e aproveite cada colisĂŁo, escreva o seu livro, com linhas decoradas de rizadas de satisfação, mas tambĂ©m de prantos. Viva como ser Humano. Os humanos choram, caiem, mas continuam firmes. PersistĂŞncia, uma qualidade tĂŁo minĂşscula e com efeitos tĂŁo grandes Ă© que nos diferencia das estátuas. 

By; Nlando Tona

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