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SENHOR DE NENHUM LADO


As vezes penso ser parente das nuvens, filhos de uma fusĂŁo que vai e vem. PorĂ©m, sĂŁo presas por uma força gravitacional exercida pelos solos do cĂ©u. Há vezes, que na verdade sĂŁo muitas vezes, vivo uma vida que vive procurando o seu lugar, sua casa seu lar, como se o mundo estivesse a expulsá-lo do seu seio, alimentando o receio de concluir que ao “senhor nenhum lado” pertenço, que na verdade nĂŁo passo de um emigrante.

Não compreendo, como das vezes em que as ideias passarinham-me os instintos profundos, reencontrando-me numa daquelas embarcações repletas de vidas apertadas, voando em céu aberto com nuvens que afogam o espírito. Pássaros que mesmo não tendo asas, alimentam a esperança de que o vento oferecer-lhes-á uma nova pagina, um novo fôlego, um olhar melhor, quando histórica e a amada pátria recusa-se a oferecer. Um sorriso inundado nos aromas de novos lábios, que o reflexo é capaz de levar apenas num piscar de olhos.

Andamos vagando por ruas limpas e com buracos, com destinos traçados ou, à derivas como barcos à vela cujo o destinos é incerto. Apreciamos a beleza da indiferença por cima de uma terra que não fala, que não sente e por isso não reclama. Corremos, matamos e exigimos a legitimidade de uma terra que encontramos e porque ela persiste em calar-se muitos de nós perdemo-la o direito, somos excluídos de usufrui-la, senti-la e ama-la.

Quem dera que falasses, quem me dera, ouvir o teu cantar nos meus ouvidos moucos, o canto da verdade, o canto da pertença, o canto surdo da partilha equivalente do mundo.

É sempre uma maravilha ver-te correr por essas terras com paisagens coloridas, por essas terra que carrega o parque que no domingo planejamos visitar amor, essa terra que nos permite viver o nosso amor bonito, o nosso amor, que assiste os apertos nos corações aflitos nas embarcações. Da aqueles, que ao nada pertencem, os sem terras, que se afogam nos mares do pacifico, apanhados nos postos fronteiriços e agrupados em campos.

 Aqueles que choram alĂ©m da idade, inocente, porque a terra meu amor, virou-lhes as costas e os homens os alojaram em livros de estatĂ­sticas que crescem diariamente.

Por serem muitas vezes amor, nĂŁo encontro o meu lugar incerto, o medo me diz que descendo do senhor nada. O meu passado povo que o diga, invadiram, fugiram e depois voltaram. Amor, agora civilizados, criamos regras, limitamos o territĂłrio e expulsamos os que nĂŁo sĂŁo de casa, aparentemente nunca fomos em casas alheias.

Talvez encontre o meu lugar no assobio insólito, um devaneio cantando o nosso hino de amor, numa música intemporal que soa sem cordas de frequência. Uma canção que segue no canto, dos sem lugar nenhum, que o primeiro mundo espezinha e o terceiro fuzila, residentes da procura das melhores condições.


 Num vai e vem que segue, o ritmo da liberdade sem diferença, o os direito que vivem na igualdade, na cabeça que balança, quando descobre que no final somos todos imigrantes.

By: Nlando Tona

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