ELEVE (SONHOS)

       

“Enquanto me elevo, levo alto como relevo a fé e o despertar consciência no que escrevo”

-este trecho acaba sempre tomando conta de mim, minutos depois de ouvir mais uma vez o Ensaio Sobre Viver - um projecto de Rap (meu) publicados já alguns meses; Reflecte um desafio contínuo, um incentivo, um perfume que excita a viver simplesmente.

Sou um sonhador. O mundo é duro demais para os sonhadores, por isso, os sonhadores são obrigados a refugiarem-se num beco localizado entre os sonhos e a realidade, procurando moldar o preto/branco da existência com as cores da emoção.

Sonhar é uma dádiva, a estrada da vida é sucessiva tendo em conta o ritmo dos sonhos. Quando o mundo desistir de sonhar certamente que perderá o seu brilho, as flores deixarão de florescer e exalarão um aroma nauseabundo, originando uma convivência árida e monótona, e a estrada encontrará finalmente o seu fim.

A vida é um processo complexo. Por vezes caímos na ilusão de pensar que à temos sob controlo mas num piscar de olho percebemos o quanto estamos atraiçoados;

Não demora muito compreender, que a vida é daquelas peças teatrais cujo final é totalmente previsível mas o desenvolver desta peça, foge a alçada de percepção de quem quer que seja, ou seja, ate o maior dos génios apanha do ar neste sentido.

A beleza da vida ocorre num desenrolar de uma fita magnética vazia, preenchida por uma conjuntura de actos emanados pelos sonhos. Os sonhos são comandos que motivam cada autor (cada homem) a preencher o vazio da fita. Cada alma uma vida, cada vida uma realidade e cada realidade um mundo. O mundo é na verdade um complexo de mundos compartilhando entre milhões de átomos e cometas a mesma galáxia.

Quando sonhamos e lutamos pelos nossos sonhos, damos uma imagem limpa ou suja ao nosso mundo; A beleza do nosso mundo depende da nossa auto-afirmação. O auto-conhecimento é o suporte de cada mundo (é preciso começar a se ouvir).

Quando não nos conhecemos carregamos outros mundos dentro de nós, ou seja, sonhamos os sonhos dos outros quando bloqueamos os nossos. Desta forma, vivemos como eles, cantamos tipo, parecemo-nos com (…) somos tudo menos nós, perdemos a originalidade.

Quando se vive de acordo os teus sonhos, tudo o que fazes se encaixa, sentes cada fracasso e gosto de cada vitória, percebes que “não é preciso seres um herói para mudares o rosto da banda”. Aprendes que um pouco de audácia serve para começar a construir à mudança - precisas investir em ti e em teus sonhos.

 Os sonhos devem sobrecarregar doses de responsabilidade, têm de dançar um Semba sincronizado com a consciência. Os sonhos elevam, e portanto, devem levar vida e consciência. Os sonhos devem inspirar sonhos a terceiros.

By: Nlando Tona