ESSE NOSSO AMOR
Naquele
instante, parado num contraste entre dois mundo, onde o romantismo a beira-mar
excitava o mar em céu amar, numa entrega amorável despida de lençóis, num
quarto entre as estrelas na casa das constelações. Aà mesmo, onde os pássaros se
encantam, traduzindo o prĂłximo, apreciando com profundidade silenciosa,
acaricia na brisa do bem soprar, enquanto o escuro vivi aos amaço com a coberta
da terra.
ImĂłvel
na concertada atracĂŁo, do calor imanado pelo pulmĂŁo da terra, caminhando sobre
os pés que falam a voz do coração. Um som esquisito e ondulado numa frequência
em que as ondas nĂŁo param de entoar, parecem querer fugir do vasto amor pelo
mar, num afastar e aproximar, o vĂnculo que transcende o desejo de ser, o fugir
do ser e suas peçonhas – as ondas nĂŁo sĂŁo, elas fazem parte.
Correndo
sobre as ruas pouco convidativas, onde a beleza teme em dar a cara a tapa,
diferente do feio – o senhor de várias faces - as vezes parece-se com o lixo,
outras com a falta de iluminação pública, sem falar das vezes em que aparece
como verdadeiros poços na quilo chamamos estradas.
Olhando
o reflexo do beijo brilhante da luz, embora o sol tenha sido derrubado pelo seu
amante natural, via-se ao longe a beleza do progresso confuso, tanta luz numa
cidade que sobrevive a escuras, tanto desejo de levar um pouco desta luz em sua
casa, tanto fumo no ar - simbolizando o vampirismo frenético, onde suga-se
minutalmente milhões de riquezas, milhões de vida, milhões de romances sem
glĂłrias.
Ele
sentiu naquele instante que ela precisava de colo, precisava de carinhos e
cuidados. Ela era um sonho bonito que ele sonhou um dia sonhar, era um amor
dócil, um amor incondicional, sua kindumba escondia uma ligação que somente
existe entre o ser e os espaço que lhe viu nascer, sua terra era no final de
tudo seu verdadeiro ser, sua vida, sua histĂłria, o retrato perfeito de tudo o
que ele representava.
Olhando
para ela, num olhar que sentia, ele ouviu ao longe que o verdadeiro olhar
reside no sentir. Por isso, ele sentiu que ela morria devagarinho, ela pairava em
dĂŞs-evolução. Ela precisa dele, no afinal era ele o seu a mor, um amor polĂgamo
num fervor africano.
Soyo
– o seu eterno sonho, o sustento da economia na Pátria angolana, que no tempo
em que as vacas eram bem gordas desovava 65% no bolo do Orçamento Geral do
Estado. Mas o que falar agora que a vacas ficaram fininhas?
O
seu amor transcendia o petróleo e o gás natural, o seu amor era mais que
aquilo, ele Ă© o seu amor, sua banda na verdade era ele, porque ele era tudo o
que ela era. Ela chamava-o em surdina, num suave chamamento, que sĂł o mar e as
ondas sabem desmistificar. Ambos sabem o quanto sabe bem cuidarmos nĂłs mesmo do
nosso amor.
Naquele
instante, parado na suave aragem da praia dos pobres, ele sentia. No som das
ondas que jogavam o puxa-puxa com o mar – lá estava ele com a sua banda,
jogando aos amores, numa dança silenciosa na música da água beijando os pés.
By; Nlando Tona
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