Ubuntu
É bonito sair ao
fim-de-semana e apreciar uma boa peça de teatro, um concerto de música ao vivo,
uma declamação de poesia, em fim, é confortante desassombrar a alma depois de
uma semana laboral ofegante.
Aos poucos, vou
percebendo que a arte é uma constante fundamental para a educação do homem. A
arte torna-se uma partĂcula intrĂnseca na associalização do chamado cidadĂŁo
novo. A Arte é o lado surreal da vida é único espaço, onde o homem pode ser
equipara a Deus por criar. Criar de acordo as suas ideias, seus anseios, suas
perturbações, folias e contradições
Lamentavelmente,
ainda regista-se em boa parte da geografia Angolana, cidades com um nĂvel socioeconĂ´mico
acrescido, mas, com uma decadĂŞncia no que toca aos aspectos promotores de
desenvolvimento humano. Em boa parte, das muitas cidades nesta nossa vasta
Angola, ainda perdura o jejum dos dirigentes, no que toca as politicas de
incentivos para a prossecução de eventos propriamente artĂsticos, desde a
literatura as artes plásticas.
O meu municĂpio
infelizmente Ă© uma destas ervas daninhas, massacradas pela gigantesca falta de
vontade polĂtica e logra do abandono por partes dos ĂłrgĂŁos de direitos. O meu
pobre municĂpio, sofre tanto por ser vitimado em duplo sentido. O seu amado
povo, que serviria como bóia de salvação, deixa-o a deriva e, aos poucos, vai
se mostrando cada vez menos interessado em acompanhar a dinâmica social. Se
calhar, seja a crise econĂłmica, saĂşde e financeira, que assola o paĂs, ou
talvez, já estejamos em crise a vários anos. Crise de falta de incitativas juvenis
no sentido prĂłprio; Crise por falta de vontade, de ser jovens criativos e
dispostos a enfrentar um mundo de desafios.
Prova disto,
sejam as luxuosas construções do ensino superior, escolas estruturalmente apetrechadas,
bibliotecas avançadas, mas, com marés vazios de estudantes nas salas de aulas,
as imundĂcies que aformoseiam cada uma destas instalações. Sem falar da mudez
que acompanha cada estudante, a pobreza de espĂrito ou comportamental
estudantil, a nĂvel do ensino mĂ©dio ao ensino superior.
Falar destas
descabidas e vergonhosas realidades Ă© como dar tiros nas prĂłprias pernas, por
nĂŁo me sentir um membro insular do municĂpio. Tal como espero uma acção por
parte dos meus veneráveis compatriotas, o municĂpio espera o meu contributo;
espera que eu faça e que não critique apenas. Mas como fazer a diferente, numa
terra em que todos os meios e espaços sejam mono-politizados por uma cultura
aculturada e desprovida de vontade politica? Como mudar um quadro, onde a
maioria prefere fechar as descobertas e de experimentar realidades novas? Como
trazer algo novo para quem se acomodou ao velho e acredita que o novo sĂł veio assolar?
Tal como nossos
jovens empreendedores, criando suas marcas, Ă© hora de cada um de nĂłs reflectir
sobre o que tem feito e o que poderá fazer para dar um rosto melhor e mais
acolhedor ao nosso amado municĂpio. Acredito que sozinho seja capaz de fazer a diferença,
mas, acredito ainda mais, que juntos não faremos somente a diferença, inverteremos
o quadro, propiciaremos, vida e cultura a nossa terra mĂŁe.
By: Nlando Tona
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